domingo, 27 de setembro de 2009

O MULTIMÍDIA PEDRO OSMAR



por Iverson Carneiro



Ouvi falar pela primeira vez em PEDRO OSMAR em janeiro de 1975 quando, ainda quase cabaço em matéria de festivais de teatro, assisti no Teatro Miguel Lemos à peça A CHEGADA DE LAMPIÃO NO INFERNO, dirigida por Luíz Mendonça, outra grande descoberta para os meus olhos de jovem ator adolescente. Morava então em Belém e participava do Grupo de Teatro da Escola Técnica Federal do Pará. Anos depois, pelos idos de 1979, reencontrei Pedro em João Pessoa, profundamente envolvido em projetos culturais ligados umbilicalmente aos movimentos populares e a uma inquietante necessidade de experimentar todas as possibilidades da linguagem. Já tinha fundado o Grupo de Música Experimental JAGUARIBE CARNE e estava às voltas com a criação de um projeto denominado LÁ VEM A MOÇADA PELAS RUAS DA CIDADE, que acabou servindo de embrião para dois momentos importantes da cultura paraibana. As criações do Movimento dos Escritores Independentes e do MUSICLUBE da Paraíba. Em sua constante inquietação estética, Pedro Osmar acabava por agrupar em torno de si, uma gama de gente solta, em busca de um cais onde ancorar suas criações. E assim foi com vários artistas paraibanos, a começar pelo seu próprio irmão Paulo Ró, mais Chico César, Vandinho de Carvalho, Magalhães, Jorge Negão, Totonho, Escurinho e tantos outros. E assim foi comigo que, durante um bom tempo, mergulhei de cabeça no universo criativo deste fascinante artista. E a partir desse mergulho, forjei a profunda transformação que aconteceria posteriormente na minha poesia
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