QUANDO EXISTO
Nathalia Colon
Não é
quando penso
que existo
Nem quando sinto
Nem quando durmo
Nem quando amo
É, quando pressinto
o ruído de sorrisos e dentes na celeridade do pulso
o reflexo da emoção do brilho tão logo sombra
a derradeira ausência do olhar relutante
o ponto, a ponta, o encontro.
Quando o tempo me esquece
Quando as vozes se calam
Quando a chuva me escolhe
Quando o suor me escorre
No sangue extravasado
na angústia liquefeita
no verso enjeitado
na loucura à espreita
É, quando pressinto
quando minto é
quando existo.
Obrigada pela distinção, parceiro.
ResponderExcluirTamo junto!
Não foi nenhuma distinção. Aqui só se publica aquilo que tem merecimento.
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