segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

POESIA

O PIVETE DO BANCO DA FRENTE


Bagunça geral,
falas altas,
pivetes brotando
pelo ladrão;
a favela toma conta
do bus car.

No banco em frente,
um pivete magricela,
que entrou pela janela,
tem a tristeza nos olhos,
como um alce num filme
do neo-realismo italiano.

Não sabe da vida,
nem sabe se vai crescer.
Apenas tem a tristeza nos olhos,
como um alce num filme
do neo-realismo italiano.

Rio de Janeiro, 29/01/2011

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