BROKEM WINDOWS
Haitiado de escombros,
poeiras visitam um Porto Príncipe
em trabalho de parto.
Onde Geraldine Scown, sequer suspeita,
cotas de empregos, ou vagas na USP.
À ela, cotas de marines e a Minustah, da ONU.
À ela, cotas só de não horizontes
expandindo-se como vírus
numa África aidética e preta.
Scown em seus 24 anos, não lembra, de um Haiti parido em 1803
com a negrada guerreira, pondo a correr os bleus de Napoleâo,
ela não desconfia, desde lá, toda Europa odeia o Haiti:
onde se viu, pretos subumanos, derrotar, tão impávido exercito?
Parteiros de um país
eram os negros cativos,
blasfemando contra um eurocêntrico Deus:
Pátria! Pátria! Pátria!
Por tras de sua janela quebrada. pó e farelo de escombros,
não sabe o que se passou.
Sob a parede que esmaga a geladeira
seu futuro outrora num sem perspectivas
congelado no porta verduras,
agora se esvai num degelo de morte,
fundindo-se à desgraça de filhos, marido e parentes, triturados.
Foram 30 hiroshímicas ogivas,
agitando num sacode de furiosas tectônicas,
um Haiti sem chão, evaporando-se.
O arroz que tantas vezes mastigou, comprado
no "Hell's Kitchens" plantados nos campos do Sul,
pelas mãos brancas da ku klux kan,
São pragas na lavoura dos campos haitianos,
toneladas e toneladas vendidas a módicos preços
até sua mesa e seu prato.
Fizeram zumbis,
negros empanturrados do branco arroz branco.
Ingenua Geraldine,
como a paisagem do Parc la Paix,
a ficha,não lhe caiu:
O aço da vértebra da falange de 1803.
foi terrivelmente dobrado,
por subsidios agricolas aos ruralista do sul.
Longamento condedido,
negramente confirmado
por Obama.
Os aspirantes pretos a cidadãos hatianos foram,
um a um, como uma boneca "Barbie", desmontados.
Veto contra a cidadania,
arroz contra a revolução,
arroz contra a democracia,
ONGs contra o Estado.
Também!
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