(Marko Andrade e Iverson Carneiro)
Intérprete: Marko Andrade
Gravado no Largo da Prainha, Praça Mauá/RJ, durante o Projeto POESIA NO POSTE de 02/12/2009
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
2 Poemas do Moleque Velho em Destaque
ENTREGADOR DE JORNAL
Lá vem ele,
com uma calma
que é só dele.
O carrinho (cheio de jornais)
treme sobre
as pedras portuguesas.
E o jornal
chega, cheirando
a notícia nova.
SEM FALA
O nada
em que me escondo,
que parece pedra,
é verbo.
E o verbo,
feito pedra,
me ensangüenta
a face.
Não tenho,
por testemunha,
nenhuma pedra,
só verbo.
E verbo não fala,
fala-se por ele.
E a pedra,
muda.
Iverson Carneiro
Rio,12/11/2009
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
segunda-feira, 2 de novembro de 2009
CULTURA BRASILEIRA
31 DE OUTUBRO: DIA DA BRIGA DO SACI PERERÊ COM AS BRUXAS
Dia 31 de outubro pode ser classifcado como o período anual da briga entre a bruxa e o saci. É nesta data que alguns países, em especial os Estados Unidos, comemoram o Halloween. Eque o Brasil - em uma atitude de resistência cultural - homenageia o seu folclore, com o Dia do Saci.
O Projeto de Lei 2479/2003, que pede a instituição da data no calendário brasileiro, afirma que “a sua intenção é ensinar às crianças que o país também tem seus mitos, difundindo a tradição oral, a cultura popular e infantil, os mitos e as lendas brasileiras”. Ou seja, um antídoto contra a invasão da cultura estrangeira, em favor da preservação dos valores verde-amarelos.
O Halloween foi popularizado pelos Estados Unidos, mas tem duas origens. Primeiramente a data marcava o início do inverno para o povo celta, que associava a estação aos mortos e à escuridão, daí as fantasias de fantasmas, bruxas e monstros. Na religião católica, houve uma tentativa de frear estas comemorações pagãs, por isso passou-se a celebrar a véspera do dia de todos os santos (em inglês: "All hallow's eve").
Enfim, essa é uma história que nada tem a ver com o Brasil e sua gente. Já o dia do Saci- Pererê é uma ode a um personagem típico brasileiro, como forma de valorizar a cultura nacional. Conhecido por usar um gorro vermelho, pular de uma perna só e fazer brincadeiras, o Saci é parte de uma lenda que originou-se entre as tribos indígenas do sul do Brasil.
Inicialmente, o saci era retratado como um curumim endiabrado, com duas pernas, cor morena, além de conhecedor e defensor da floresta. No século 17, foram encontrados os primeiros registros sobre o Saci e, ao percorrer o território nacional, a lenda foi sendo adaptada e modificada por onde passava. Por esse motivo, o menino passou por algumas modificações ao longo da vida.
Com a influência da mitologia africana, o Saci se transformou em um negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, além disso, herdou o pito, uma espécie de cachimbo, e ganhou da mitologia européia, um gorrinho vermelho. Já desta forma ele aparece como um dos principais personagens dos livros de Monteiro Lobato, na série Sítio do Picapau Amarelo, responsável por uma grande exposição e reconhecimento do Saci em todo país.
A principal característica do Saci é a travessura. Brincalhão, ele se diverte com os animais e com as pessoas, e acaba causando transtornos como: fazer o feijão queimar, esconder objetos, jogar os dedais das costureiras em buracos e etc.
A lenda que envolve o Saci foi passada entre tribos e gerações, fazendo com que cada um adicionasse ou adaptasse sua versão da história. Segundo alguns relatos, o Saci pode desaparecer em um lugar e aparecer em outro. Também se diz que está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos. Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma garrafa.
Personagem de narrativas do interior, o Saci é menos reconhecido nas cidades grandes. O alcance internacional quase não existe por ser parte de uma cultura muito típica do paíse pouco divulgada no exterior. Então, no quesito popularidade, o Saci ainda está perdendo feio para as bruxas, fantasmas e abóboras do Halloween. Daí a importância de ressaltar o Dia do Saci, uma data feita para que os próprios brasileiros resgatem sua rica cultura, valorizando mais esse mocinho tão carismático do folclore.
O Halloween foi popularizado pelos Estados Unidos, mas tem duas origens. Primeiramente a data marcava o início do inverno para o povo celta, que associava a estação aos mortos e à escuridão, daí as fantasias de fantasmas, bruxas e monstros. Na religião católica, houve uma tentativa de frear estas comemorações pagãs, por isso passou-se a celebrar a véspera do dia de todos os santos (em inglês: "All hallow's eve").
Enfim, essa é uma história que nada tem a ver com o Brasil e sua gente. Já o dia do Saci- Pererê é uma ode a um personagem típico brasileiro, como forma de valorizar a cultura nacional. Conhecido por usar um gorro vermelho, pular de uma perna só e fazer brincadeiras, o Saci é parte de uma lenda que originou-se entre as tribos indígenas do sul do Brasil.
Inicialmente, o saci era retratado como um curumim endiabrado, com duas pernas, cor morena, além de conhecedor e defensor da floresta. No século 17, foram encontrados os primeiros registros sobre o Saci e, ao percorrer o território nacional, a lenda foi sendo adaptada e modificada por onde passava. Por esse motivo, o menino passou por algumas modificações ao longo da vida.
Com a influência da mitologia africana, o Saci se transformou em um negrinho que perdeu a perna lutando capoeira, além disso, herdou o pito, uma espécie de cachimbo, e ganhou da mitologia européia, um gorrinho vermelho. Já desta forma ele aparece como um dos principais personagens dos livros de Monteiro Lobato, na série Sítio do Picapau Amarelo, responsável por uma grande exposição e reconhecimento do Saci em todo país.
A principal característica do Saci é a travessura. Brincalhão, ele se diverte com os animais e com as pessoas, e acaba causando transtornos como: fazer o feijão queimar, esconder objetos, jogar os dedais das costureiras em buracos e etc.
A lenda que envolve o Saci foi passada entre tribos e gerações, fazendo com que cada um adicionasse ou adaptasse sua versão da história. Segundo alguns relatos, o Saci pode desaparecer em um lugar e aparecer em outro. Também se diz que está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos. Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma garrafa.
Personagem de narrativas do interior, o Saci é menos reconhecido nas cidades grandes. O alcance internacional quase não existe por ser parte de uma cultura muito típica do paíse pouco divulgada no exterior. Então, no quesito popularidade, o Saci ainda está perdendo feio para as bruxas, fantasmas e abóboras do Halloween. Daí a importância de ressaltar o Dia do Saci, uma data feita para que os próprios brasileiros resgatem sua rica cultura, valorizando mais esse mocinho tão carismático do folclore.
Assinar:
Postagens (Atom)